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CBF inicia reformulação na seleção feminina e demite Pia Sundhag

A eliminação precoce do Brasil na Copa do Mundo levou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a dar início a uma reformulação nas seleções femininas – principal e de base. A mudança mais significativa foi anunciada na quarta-feira (30), quase um mês após a queda na primeira fase, com a saída da sueca Pia Sundhage

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A eliminação precoce do Brasil na Copa do Mundo levou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a dar início a uma reformulação nas seleções femininas – principal e de base. A mudança mais significativa foi anunciada na quarta-feira (30), quase um mês após a queda na primeira fase, com a saída da sueca Pia Sundhage, que dirigiu a equipe canarinha no Mundial de Austrália e Nova Zelândia.

A demissão foi confirmada em nota divulgada pela entidade. Segundo o comunicado, a nova comissão será apresentada “nos próximos dias”, para iniciar o trabalho visando a Olimpíada de Paris, na França, em 2024 e a próxima Copa, em 2027, ainda sem sede definida – o Brasil é um dos candidatos a receber o evento.

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O favorito ao cargo é Arthur Elias, técnico do Corinthians. Em meio às especulações sobre uma eventual saída do profissional para a seleção, o Timão se limitou a dizer, em nota à imprensa, que terá Arthur como treinador “em nossos próximos compromissos”. A equipe está envolvida com as semifinais da Série A1 (primeira divisão) do Campeonato Brasileiro e a reta final do Campeonato Paulista. Além disso, em outubro, o time buscará o tetra da Libertadores Feminina, na Colômbia.

Altos e baixos

Pia assumiu a seleção feminina em julho de 2019 e a dirigiu em 57 partidas, com 34 vitórias, 13 empates e dez derrotas. A equipe anotou 139 gols e sofreu 42. O único título oficial da sueca a frente do time brasileiro foi o da Copa América do ano passado, na Colômbia.

O trabalho da treinadora começou recheado de expectativas, já que Pia era bicampeã olímpica comandando os Estados Unidos (2008 e 2012) e considerada uma das principais profissionais da modalidade. Em 2021, nos Jogos de Tóquio, no Japão, primeiro grande desafio da sueca no cargo, o Brasil caiu nos pênaltis para o Canadá, nas quartas de final – as canadenses conquistaram o ouro.

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Na Copa América, as brasileiras venceram os seis jogos que disputaram e levantaram a taça pela oitava vez. A própria Pia, no entanto, reconheceu que o Brasil teria que apresentar um nível técnico superior para encarar adversários mais competitivos. De fato, a equipe evoluiu, com boas atuações no empate por 1 a 1 com a Inglaterra pela Finalíssima (duelo entre os campeões sul-americano e europeu), e no triunfo por 2 a 1 sobre a Alemanha, ambos fora de casa.

No Mundial, porém, a goleada por 4 a 0 sobre o Panamá, na estreia, foi o único momento de brilho. Na derrota por 2 a 1 para a França e no empate sem gols com a Jamaica, que culminaram na queda na fase de grupos, a seleção teve atuações ruins. A campanha decepcionante foi determinante para a passagem de Pia chegar ao fim, mesmo com um ano ainda de contrato pela frente.

Renovação

Uma das marcas do trabalho de Pia foi a busca por caras novas, tendo proximidade com as comissões técnicas da base. Ganharam espaço jogadoras como a lateral Bruninha (21 anos), a zagueira Lauren (20), a volante Angelina (23), as meias Duda Sampaio (22), Ary Borges e Ana Vitória (ambas 23) e as atacantes Kerolin (23), Nycole (22) e Aline Gomes (18), todas elas presentes entre as 26 convocadas para a Copa (considerando, também, as suplentes).

A saída de Pia não foi a única mudança no departamento feminino da CBF. Saíram, também, profissionais como Ana Lorena Marche (coordenadora de seleções), Mayara Bordin (supervisora), Bia Vaz (auxiliar da equipe sub-20) e Jonas Urias (técnico da sub-20).

A demissão de Jonas foi a que mais chamou atenção, já que o treinador, há um ano, levou o Brasil a um inédito terceiro lugar no Mundial da categoria, com atletas que passaram a ser convocadas para o time principal. Bruninha, Lauren e Aline Gomes, por exemplo, fizeram parte daquela campanha, assim como a zagueira Tarciane (20 anos) e a meia Yayá (21), também chamadas por Pia ao longo dos últimos quatro anos. Algumas das atletas, como Tarciane, lamentaram a saída do técnico em publicações nas redes sociais.

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Esportes

Conmebol anuncia mudança e final da Sul-Americana será em estádio para 25 mil pessoas

A Conmebol anunciou na sexta-feira (15) que a final da Copa Sul-Americana será realizada em Punta del Leste, no Uruguai, no estádio Domingo Burgueño Miguel, com capacidade para acomodar 25 mil espectadores. Anteriormente, estava planejado que o jogo decisivo ocorresse em Montevidéu, no Estádio Centenário. Com as semifinais já definidas, é certo que um representante

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A Conmebol anunciou na sexta-feira (15) que a final da Copa Sul-Americana será realizada em Punta del Leste, no Uruguai, no estádio Domingo Burgueño Miguel, com capacidade para acomodar 25 mil espectadores. Anteriormente, estava planejado que o jogo decisivo ocorresse em Montevidéu, no Estádio Centenário.

Com as semifinais já definidas, é certo que um representante brasileiro se apresentará no Uruguai para a final. O vencedor entre Fortaleza e Corinthians enfrentará o vitorioso do confronto entre Defensa Y Justicia, da Argentina, e LDU, do Equador.

O estádio Domingo Burgueño Miguel, também conhecido como Campus de Maldonado, passou por reformas para a Copa América de 1995, que foi realizada no Uruguai. Embora tenha sido mais utilizado para shows e partidas da seleção Uruguaia de Rúgbi, agora servirá como palco para a final da Copa Sul-Americana deste ano.

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Esportes

Formada por bolsistas, seleção de conjunto retorna ao Brasil e comemora ouro inédito

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Aseleção de conjunto de ginástica rítmica alcançou mais um resultado inédito no último domingo (07.05). Depois de subir ao pódio pela primeira vez na prova geral (all around) em uma etapa de Copa do Mundo, com o bronze em Atenas, em março, a equipe dessa vez faturou a primeira medalha de ouro em uma etapa da World Challenge Cup.

O título veio com a série de cinco arcos na disputa realizada em Portimão, em Portugal. Com uma apresentação praticamente sem erros, Duda Arakaki, Nicole Pircio, Giovanna Silva, Victória Borges e Sofia Madeira somaram 34.600 pontos, superando a Espanha (34.450) e as favoritas italianas (33.800), medalhistas de prata e bronze, respectivamente. Toda a equipe brasileira é contemplada pelo Programa Bolsa Atleta.

“Essa medalha de ouro veio para coroar um trabalho árduo de um time de profissionais, aliado à dedicação e ao esforço das nossas ginastas. Conseguimos chegar no lugar mais alto do pódio nesta Copa do Mundo graças a todo apoio que temos recebido da CBG, do COB e do Ministério do Esporte. Sem esse apoio nada seria possível”, agradeceu a técnica da seleção de conjunto, Camila Ferezin.

O edital de 2023 do Bolsa Atleta atingiu um patamar inédito na história, atendendo 7.868 atletas. É a maior lista desde que os pagamentos começaram a ser feitos, em 2005, e quase 20% maior que a do edital de 2022, quando foram contemplados 6.419 atletas. Além disso, já são 339 atletas aprovados para receber os repasses da categoria Pódio, a mais alta do programa.

“Hoje nossas meninas têm uma ótima estrutura e logística para se dedicarem 100% ao treinamento. Tudo isso é fruto do investimento realizado para que possamos desenvolver o trabalho e elevar o nome do Brasil internacionalmente”, avaliou a treinadora. “São mais de 10 anos de trabalho à frente da seleção brasileira para alcançar o patamar em que estamos, uma luta incansável que hoje é reconhecida mundialmente”, completou.

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A ministra do Esporte, Ana Moser, parabenizou a conquista da seleção de conjunto. “Sabemos a importância do Bolsa Atleta para a rotina de treinamentos e de preparação dos representantes brasileiros nas mais diversas modalidades. O fruto dessa política esportiva é materializado em resultados expressivos como o alcançado pela seleção de ginástica rítmica. Parabéns às atletas e à comissão técnica pelo ouro inédito”, disse.

Capitã da equipe, Duda Arakaki também celebrou o resultado. “Estamos muito felizes e realizadas. Esse resultado tem o trabalho de uma equipe enorme por trás, de apoiadores como o Governo Federal, com o Ministério do Esporte, por meio Programa Bolsa Atleta que, junto com todo o apoio da CBG, nos permite focar só na performance e em fazer a nossa parte ali dentro de quadra, sem nos preocuparmos com o que está fora”, comentou.

“Agora é focar, continuar treinando muito para o nosso principal objetivo que é em agosto, no Campeonato Mundial”, acrescentou a ginasta. A competição será realizada em Valência, na Espanha, e vale vaga para os Jogos Olímpicos de Paris 2024.

Fonte: Ministério do Esporte

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Esportes

Jogos da Juventude: gaúcho Derick Goulart sobra na ginástica artística

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Por Agência Brasil
Publicada em 09/09/2023 às 10h38

Aos 17 anos, o gaúcho Derick Goulart subiu duas vezes no topo do pódio dos Jogos da Juventude, em Ribeirão Preto, ao vencer a competição individual geral (89.800)  e por equipes da ginástica artística (176.150). A conquista do jovem, que começou no esporte aos quatro anos, vai além das medalhas de ouro. Ele cresceu no Passo das Pedras, bairro na periferia de Porto Alegre, onde é conhecido como “o cara do mortal”. A região sofre com elevados índices de criminalidade, devido ao tráfico de drogas.

A determinação de Derick em seguir a carreira de atleta de alto rendimento recebeu o apoio de Leonardo Finco, ex-coordenador técnico da seleção brasileira masculina, que acompanha o desenvolvimento do ginasta desde que ele tinha oito anos, quando ingressou no Grêmio Náutico União. Os treinos acontecem seis vezes por semana, de segunda a sábado, por quatro horas.

O ginasta Derick Goulart, de 17 anos, recebe apoio do treinador Leonardo Finco, ex-coordenador técnico da seleção brasileira masculina – Luiza Moraes/COB/Direitos Reservados

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O ginasta gaúcho enfrenta uma rotina puxada: sai pela manhã para a escola e, depois das aulas, encara uma hora de viagem de ônibus até o Grêmio Náutico União. Ele mora apenas com a mãe Daniele, que trabalha como repositora de frutas em um supermercado, e a irmã Nicoly, também ginasta de 20 anos.

“Lá onde moro é uma região bem carente e perigosa. Mas é onde tenho condições de morar. Às vezes tenho que sair dos treinos mais cedo para não correr tanto perigo na volta para casa. Quando não consigo voltar, fico na casa do meu amigo Deco, que estava na última edição dos Jogos da Juventude e é como um irmão para mim. Na semana passada, antes de vir para cá, houve uma disputa do tráfico e fiquei dias sem poder voltar para casa”, revelou o ginasta.

Além de Derick, o conterrâneo Caio Fernandes também brilhou nos Jogos da Juventude ao faturar a prata no individual geral (86.350) da ginástica artística. Ele também é acompanhado pelo Leonardo Finco, no Grêmio Náutico União, e acabou ajudando Derick a conquistar o ouro por equipes. Caio passou para cinco finais por aparelhos, com direito ao primeiro lugar nas únicas apresentações não vencidas por Derick: o solo e o salto sobre a mesa.

“O Derick e o Caio [Fernandes] são jovens ginastas que estão sendo preparados para a categoria adulta. Esse tipo de vivência em uma competição multiesportiva é muito importante para eles. É um evento fundamental para o país e nós levamos com seriedade e trabalho duro. Os meninos já treinam comigo há mais de oito anos, com foco em chegar na seleção brasileira”, afirmou Finco, técnico da delegação do Rio Grande do Sul, em depoimento ao Comitê Olímpico do Brasil (COB).

Os Jogos da Juventude vão até sábado (16) com transmissão ao vivo da TV Brasil.

Transmissões na TV Brasil

Terça-feira (12)

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9h – natação

Quarta (13)

9h – natação

Quinta (14) 

9h – natação

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16h – finais do vôlei de praia

Sábado (16)

11h – finais do handebol

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