Nacional
Artigo: Jovens têm de exigir espaço e não esperar inclusão

- Alessandra Orofino*
- Especial para a BBC Brasil

Crédito, Renato Stockler Agencia Na Lata
Com apenas 25 anos de idade, Alessandra cofundou, junto a Miguel Lago, o Meu Rio, rede de mobilização social
No início do ano passado, uma série de estudos feitos por cientistas da University College de Londres ganhou as manchetes do mundo todo ao afirmar que a solidão era um risco à saúde comparável ao tabagismo e ao alcoolismo.
Estar junto de outros seres humanos, compartilhar espaço, recursos e saberes, conviver. Coisas simples, que fazemos todos os dias, e que agora, aparentemente, são consideradas importantes para nossa saúde física e mental. São essas mesmas coisas que nos impulsionaram a viver em sociedade: a necessidade, por razões afetivas, econômicas ou estratégicas, de estar perto do outro.
E ao viver em sociedade, descobrimos a delícia e o inferno do convívio e da diferença. Nós nos construímos na alteridade. É justamente da mistura que surgem a inovação, o dinamismo, a criatividade e a capacidade de sonhar com aquilo que ainda não conhecemos. Mas é também dela que nascem o conflito, a dificuldade, as restrições à nossa própria liberdade.
A política é a arte de mediar esses conflitos para maximizar o calor do convívio. Na política, encontramos uma forma de transcendência, de construção de um destino comum. Sem política, não há compartilhamento possível.
Eu sou de uma geração que teve a sorte de nascer em um país estável politicamente e em franco crescimento econômico. Nos disseram que seríamos felizes quando conseguíssemos todos aceder às estruturas de consumo. E aí, algumas décadas depois, descobrimos que o que precisávamos mesmo era aceder às estruturas de cidadania. Porque o consumismo é o terreno da solidão, e a cidadania é onde nos encontramos com esse outro de quem desesperadamente precisamos para sobreviver.
Ao despertar para a importância do que é comum, compartilhado por todos, percebemos que as instituições políticas que havíamos criado para zelar por esse comum já não estavam dando conta do recado.
Fé na Política
O jovem brasileiro não perdeu sua fé na política. A fé na política está em cada coletivo, em cada horta urbana, em cada ocupação, em cada peça de teatro, em cada roda de dança e de música a céu aberto, em cada grupo de ciclistas, skatistas, surfistas, jornalistas, poetas, funkeiros. Em cada pessoa que dedica parte de sua vida à construção do comum. Perdemos a fé nos instrumentos.
Porque a democracia representativa começa a mostrar suas limitações. Porque fazer campanha nesse país continental é caro, e quando é caro, quem paga a conta muitas vezes acaba escolhendo as regras do jogo. Vivemos a política regida pelos donos da bola.
Porque estamos cada vez mais conectados, atentos, dispostos e capazes de integrar um só lugar sem estar fisicamente ou temporalmente juntos. Essa eliminação das barreiras do tempo e do espaço criou novas praças públicas, nos recantos da Internet. Essas praças não têm lotação: podem acomodar todas as nossas vozes e por isso dispensam representação. Nelas, nossas escolhas podem se dar de forma direta.
Meu Rio
Crédito, Divulgacao
Cofundadora do Meu Rio, Alessandra acredita que jovem não perdeu a fé na política, mas em seus instrumentos.
Há três anos, eu ajudei a criar uma organização chamada Meu Rio. A palavra ajudar, aqui, é crucial: o Meu Rio também é uma construção feita no convívio. Nasceu de um sonho do meu amigo Miguel, que virou o meu sonho, que virou o sonho de uma equipe muito apaixonada, que virou o sonho de mais de 150 mil cidadãos que agora compõem essa rede. Nosso objetivo: dar aos cariocas ferramentas e metodologias para que eles possam se mobilizar mais facilmente por diferentes políticas públicas que impactam a vida de quem mora no Rio.
Trazer o cidadão pro centro da vida política, exigir e criar esse espaço, ao invés de esperar que as mesmas instituições cuja existência depende da exclusão de muitas vozes decidam incluí-las de fato.
Nesse tempo, os membros da Rede Meu Rio já conquistaram um monte de coisas, ocupando o mundo digital e as ruas da cidade. Pais e professores se mobilizaram para, com apoio de milhares de pessoas, evitar que uma das melhores escolas públicas da cidade virasse estacionamento. Mães que procuram seus entes queridos se mobilizaram para dar à cidade a primeira delegacia especializada em pessoas desaparecidas. Moradores de vários bairros da cidade se uniram para que um projeto pioneiro de reciclagem e permacultura em uma favela não fosse destruído. Organizações, movimentos e cidadãos pressionaram os deputados até a aprovação de uma emenda à constituição estadual que exige ficha limpa a todas as pessoas que ocupam cargos de confiança dentro do governo.
Crédito, Divulgacao
Plataforma Meu Rio foi utilizada por cariocas para pressionar pela preservação da Escola Municipal Friedenreich, próxima ao Maracanã.
Agora, vamos além: dentro de um mês, abriremos inscrições para jovens de todo o país que queiram levar nosso modelo pras suas cidades através da Rede Minhas Cidades.
Afinal, se nossa saúde, nossa capacidade produtiva, nosso ímpeto criativo e no fim das contas nossa felicidade dependem do convívio, é necessário dar a todos voz ativa nos processos de decisão que regem esse convívio. Não existe colaboração sem direito: ninguém vai construir uma cidade melhor se essa cidade não lhe pertence. Ninguém vai construir um país melhor se esse país não lhe pertence. Cidadania não se ensina nem se cobra, cidadania se pratica quando o direito aos frutos de uma construção comum é de fato de todos aqueles que participaram dessa construção.
Em poucas semanas, seremos chamados às urnas. O voto é uma conquista histórica, que minha geração teve a honra de herdar. Mas espero que para os milhões de jovens brasileiros que começam agora suas vidas públicas, o voto seja apenas o início de uma jornada. E que nos próximos quatro anos, a gente consiga criar outros espaços de decisão, para que nossas vozes, em sua infinita pluralidade, guiem de fato os destinos do nosso convívio.
*Alessandra Orofino, 25 anos, é formada em Economia e Direitos Humanos pela Columbia University, em Nova York. Há três anos, ela cofundou a Rede Meu Rio, plataforma que une cidadãos interessados em influenciar processos de decisão e criar políticas públicas para a melhoria da vida na cidade.
Nacional
Divulgado resultado da segunda edição do Sisu 2023

O Ministério da Educação (MEC) divulgou, nesta terça-feira (27/6), o resultado da chamada regular da segunda edição de 2023 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Para verificar o resultado, o candidato deve acessar o portal oficial do Sisu e informar os dados sobre o curso escolhido.
Os selecionados podem se matricular nas instituições públicas de ensino entre os dias 29 de junho e 4 de julho, no Portal Único de Acesso ao Ensino Superior do Sisu. O processo seletivo se baseou na nota dos candidatos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2022. Ao todo, foram registradas 578.781 inscrições em cursos ofertados nesta edição do Sisu.
LISTA DE ESPERA – O MEC também iniciou nesta terça o prazo para os não selecionados na chamada regular manifestarem interesse em participar da lista de espera, no portal do Sisu. Os interessados têm até às 23h59 (de Brasília) do dia 4 de julho para realizar o procedimento.
O candidato pode manifestar interesse na lista de espera em apenas um dos cursos para o qual optou por concorrer em sua inscrição no Sisu. As convocações por meio da lista de espera serão a partir de 10 de julho. As informações sobre as convocações serão fornecidas pela instituição na qual o estudante se inscreveu.
SISU – O Sisu reúne as vagas ofertadas por instituições públicas de ensino superior de todo o Brasil, que participam do processo seletivo vigente, sendo a maioria delas oferecida por instituições federais (universidades e institutos).
Nacional
Oportunidade! Empresa abre 3.000 vagas e Salários até R$ 4.800 para motoristas
Profissionais com CNH (Carteira Nacional de Habilitação) que estão em busca de emprego podem considerar o papel de motorista como carreira. No final do ano, empresas de todo o país estão com mais de 3.200 vagas abertas na região para candidatos com ou sem experiência nessa função. As vagas são para motorista Bitrem, motorista classe

Profissionais com CNH (Carteira Nacional de Habilitação) que estão em busca de emprego podem considerar o papel de motorista como carreira. No final do ano, empresas de todo o país estão com mais de 3.200 vagas abertas na região para candidatos com ou sem experiência nessa função.
As vagas são para motorista Bitrem, motorista classe “B”, motorista de caminhão guincho, motorista de caminhão, motorista classe “D”, motorista de coletor de óleo, motorista de entrega, motorista de estrada, motorista de caminhão, motorista de caminhão, motorista de reboque, motorista de caminhão e muitos outros empregos.
Os candidatos com ensino fundamental e médio serão selecionados para contratação imediata e efetiva, no regime CLT. Há também oportunidades temporárias e para outros tipos de contratos.
Como se inscrever
Todas as vagas abertas podem ser consultadas na lista de anúncios. Um candidato interessado em se candidatar deve usar filtros na tela para identificar oportunidades que se encaixam em seu perfil e, em seguida, ler as informações com muita atenção.
Feito isso, basta clicar em “Candidate-se” e preencher os dados para cadastrar seu currículo gratuitamente. A empresa contratante entra em contato com os selecionados para organizar as próximas etapas da seleção.
Salário de R$ 4,8 mil
Uma empresa da cidade de São Vicente (SP) contrata um motorista com habilitação na categoria “E” e de um a três anos de experiência na função. O profissional deve ter concluído o ensino médio e estar disponível para viajar para Santos.
O salário oferecido pode ser de até R$ 4.800, além de benefícios como assistência médica, participação nos lucros, vale-alimentação e vale-transporte. Para saber mais, acesse este edital.
Nacional
Com R$ 7,3 bilhões disponíveis para resgate! Saiba como consultar seu CPF para verificar se você possui “dinheiro esquecido”
O Banco Central informou que o sistema de recebíveis (SVR), popularmente conhecido como “fundos esquecidos”, ainda tem R$ 7,3 bilhões disponíveis para recuperação. Muitos brasileiros nem sabem que para fazer a consulta, basta apenas informar dados como CPF e data de nascimento. A plataforma criada pelo Banco Central permite que pessoas físicas e jurídicas consultem

O Banco Central informou que o sistema de recebíveis (SVR), popularmente conhecido como “fundos esquecidos”, ainda tem R$ 7,3 bilhões disponíveis para recuperação. Muitos brasileiros nem sabem que para fazer a consulta, basta apenas informar dados como CPF e data de nascimento.
A plataforma criada pelo Banco Central permite que pessoas físicas e jurídicas consultem e recuperem os valores remanescentes em bancos, sindicatos e outras instituições financeiras. O portal foi criado em 2022 e está fora do ar há alguns meses, mas retornou com novos recursos em 7 de março de 2023.
Um usuário que acessar o sistema poderá ver se há algum valor disponível em seu CPF ou no CNPJ de sua empresa, além de obter informações sobre como recuperar os recursos. No caso de pessoas falecidas, herdeiros, testamentos, inventores e representantes legais podem realizar o resgate.
Segundo o Banco Central, cerca de 63% dos resgates somam R$ 10, enquanto 25,12% dos usuários poderão sacar entre R$ 10,01 e R$ 100. Apenas 10,08% dos cidadãos têm entre R$ 100,01 e R$ 1.000 para receber, mas 1,76% do total de clientes terão a oportunidade de sacar acima de R$ 1.000,01.
Consulta pelo CPF
Se você não consultou o sistema de direitos para ver se há algum valor esperando por você, aqui está como é fácil:
- Acesse o site valoresareceber.bcb.gov.br;
- Clique em “Ver recebíveis”;
- Informar número de CPF ou CNPJ;
- Informe sua data de nascimento ou a data de abertura da empresa;
- Marque e clique em “Consultar”.
Caso haja algum valor a receber, volte para a página principal e entre no menu “Acesse o sistema de direitos”. Para acessar, é preciso ter uma conta Gov.br do nível Prata ou Ouro. As etapas a seguir serão exibidas na tela.
Algumas instituições oferecem a possibilidade de solicitar o valor pela própria plataforma, na opção “Solicite aqui”. O pagamento é via Pix e leva até 12 dias úteis. Outros bancos informam o telefone de contato apenas para que o consumidor possa solicitar os valores por meio de seu canal de atendimento.
-
Ji-Paraná3 meses atrás
Empresário dono da Top Importados morre em acidente de moto em Ji-Paraná
-
Ji-Paraná6 meses atrás
Integrante de escolinha de futebol é preso por estupro após ficar 3 anos foragido, em RO
-
Ji-Paraná6 meses atrás
Escritório de contabilidade suspeito de fraudar Seguro-Desemprego é alvo da PF
-
Ji-Paraná3 meses atrás
“Infelizmente, vou arcar com o rombo da feira” dispara Presidente da Aperon – 42ª Expojipa encerra com mais de 100 mil visitantes
-
Ji-Paraná6 meses atrás
Lista de credores do frigorífico RioBeef é divulgada: são quase 700 nomes e uma dívida superior a R$ 100 milhões
-
Ji-Paraná3 meses atrás
Expojipa 2023 começa na quarta, 13, com show de Lauana Prado; veja programação
-
Ji-Paraná3 meses atrás
Saiba como e quando o cidadão pode ter acesso às imagens dos totens de segurança espalhados por Rondônia
-
Ji-Paraná3 meses atrás
Acidente grave na T-26 com Rua São Paulo resulta em capotamento no 2° distrito em Ji-Paraná