Na tarde desta sexta-feira, 8 de agosto de 2025, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou em Porto Velho, capital de Rondônia, para anunciar um pacote de R$ 1,5 bilhão em investimentos federais no estado. O evento, realizado no Palácio das Artes a partir das 15h, reuniu autoridades políticas, representantes de movimentos sociais, prefeitos e lideranças locais. No entanto, a visita — estrategicamente programada a menos de 14 meses da eleição presidencial de 2026 — levanta sérias dúvidas sobre o real objetivo da presença presidencial.
Com a menor aprovação popular da história entre os presidentes eleitos, Lula tenta reverter sua impopularidade com um discurso de inclusão social e desenvolvimento regional, apostando na liberação de recursos públicos às vésperas do pleito como uma possível moeda de troca eleitoral. O anúncio ocorre “nos 45 do segundo tempo”, despertando o alerta de que os investimentos podem ser parte de uma tentativa de manutenção do voto de cabresto nas regiões Norte e Nordeste, em especial entre as classes C e D, historicamente mais vulneráveis à dependência de programas sociais.
Entre os anúncios feitos pelo presidente estão:
Entrega de 219 títulos de regularização fundiária para famílias de pequenos produtores;
Concessão de créditos de instalação para 40 famílias assentadas;
Assinatura de decreto que autoriza a renegociação de dívidas fundiárias na Amazônia Legal;
Aportes em infraestrutura, saúde, educação, segurança alimentar e agricultura familiar.
Apesar de relevantes, os investimentos são vistos por parte da população e analistas políticos como ações eleitoreiras que buscam mascarar a crise de governabilidade do atual governo. A presença de aliados estratégicos, como o senador Confúcio Moura, também chamou atenção. Observadores apontam que o parlamentar atua como elo entre o Planalto e o eleitorado local, reforçando uma agenda populista disfarçada de compromisso institucional.
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A Folha de Ji-Paraná acompanhará de perto os desdobramentos desta visita presidencial e a reação dos rondonienses, que não esquecem das promessas feitas em eleições anteriores — muitas das quais jamais saíram do papel. A pergunta que ecoa no estado é clara: será que, desta vez, o anúncio se tornará realidade ou é só mais uma manobra eleitoreira para garantir votos?
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