A sessão desta terça-feira (14 de outubro) na Câmara Municipal de Ji-Paraná, em Rondônia, foi marcada por um episódio histórico e polêmico: a aceitação unânime do pedido de cassação do mandato do vereador Willian Cândido (Podemos). O parlamentar é acusado de ter cometido ato obsceno contra uma jovem, que seria sua vizinha, e que chamou a polícia na última sexta-feira (11) após o suposto episódio. . Clique aqui e participe do nosso Grupo no WhatsApp para receber Notícias de Ji-Paraná.
Denúncia leva Câmara a instaurar Comissão Processante
A denúncia, apresentada com base em possível quebra de decoro parlamentar, foi protocolada pelos vereadores André Royal (PSD) e Edinho Fidelis (PSD) na manhã de segunda-feira (13). Durante a 31ª sessão ordinária, o pedido foi lido em plenário e aprovado por unanimidade. Com isso, a Câmara sorteou os três integrantes da Comissão Processante, responsáveis por investigar o caso nos próximos 90 dias.
A comissão foi composta por Joziel Brito, Ademilson Procópio e Walisson Amaro, que terão 48 horas para definir entre si quem ocupará os cargos de presidente, relator e membro. Participe do nosso grupo exclusivo de WhatsApp.
Vereador deixou sessão pela porta dos fundos e se diz perseguido
Apesar de estar presente no início da sessão, o vereador Willian Cândido se retirou do plenário pela porta dos fundos após uma longa suspensão para reunião interna. Horas depois, ele divulgou uma nota oficial em suas redes sociais:
“Não pratiquei os fatos dos quais sou acusado. Estou sendo vítima de perseguição política”, declarou o parlamentar.
No sábado (11), o vereador chegou a protocolar um pedido de afastamento do mandato, mas voltou atrás na segunda-feira (13), após a formalização do pedido de cassação. Segundo ele, decidiu permanecer no cargo para se defender das acusações durante o processo.
Como funciona o processo de cassação
De acordo com o Decreto-Lei Federal nº 201/1967 e o Regimento Interno da Câmara de Ji-Paraná, qualquer cidadão pode apresentar uma denúncia contra um vereador, desde que seja fundamentada e envolva infração político-administrativa, como:
A denúncia é lida em plenário e, se aceita por maioria simples, inicia-se o processo com a formação da Comissão Processante, por sorteio, excluindo o denunciante e o denunciado.
A comissão tem até 90 dias para concluir os trabalhos, incluindo notificação do acusado, coleta de provas, oitivas de testemunhas e elaboração de parecer. Ao fim, o relatório é votado no plenário, onde o acusado pode apresentar defesa oral por meio de seus advogados.
Para que o mandato seja cassado, é necessário o voto de dois terços (2/3) dos vereadores. Caso o quórum não seja atingido, o processo é arquivado e o parlamentar permanece no cargo. Acompanhe as próximas fases do processo e outras notícias exclusivas no nosso grupo do WhatsApp.
Tags: Folha de Ji-Paraná, Ji-Paraná notícias, Notícias de Ji-Paraná, vereador Willian Cândido, cassação de vereador Ji-Paraná, escândalo político Rondônia, ato obsceno Ji-Paraná, Câmara de Vereadores Ji-Paraná, processo de cassação Ji-Paraná, denúncia contra vereador Ji-Paraná, política Ji-Paraná hoje, grupo de WhatsApp Ji-Paraná, plantão central Ji-Paraná, Comando 190, Ji-Paraná notícias policiais, escândalo na política de Rondônia, vereador afastado Ji-Paraná, notícias de política em Rondônia.