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Produtores rurais perdem tudo após ordem judicial em Rondônia — Famílias alegam ter títulos do Incra

Produtores rurais de Alvorada do Oeste (RO) perdem tudo após ordem do STF. Famílias alegam ter títulos do Incra e denunciam destruição de propriedades.

29/10/2025 17h27 Atualizada há 4 dias
Por: Redação Fonte: Folha de Ji-Paraná
Foto: Reprodução\Internet - Thiago Rodrigues
Foto: Reprodução\Internet - Thiago Rodrigues

Decisão do STF resultou em desintrusão na zona rural de Alvorada do Oeste; mais de 16 propriedades foram desocupadas, com prejuízos milionários. Clique aqui e participe do nosso Grupo no WhatsApp para receber, em tempo real, as principais notícias exclusivas e atualizações sobre conflitos agrários e decisões judiciais em Rondônia.

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Tragédia no campo: decisão judicial deixa rastro de destruição em Alvorada do Oeste

A terça-feira (28) foi marcada por tensão, perdas e desespero na zona rural de Alvorada do Oeste (RO). Cumprindo ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), um comboio da Força Nacional, Ibama e Funai realizou uma operação de desintrusão — medida que determina a retirada de ocupantes considerados irregulares em áreas sobrepostas a terras indígenas.

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Área produtiva devastada e famílias em desespero

A ação ocorreu na região do distrito de Terra Boa, nas proximidades da Linha 106, em uma área que faz limite com a Reserva Indígena Uru-Eu-Wau-Wau. No total, 16 propriedades rurais foram atingidas pela medida, sendo que seis delas possuíam atividades produtivas consolidadas, com cultivo de soja, café, gado e outras culturas.

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Segundo levantamento feito junto aos produtores, a movimentação econômica dessas propriedades ultrapassava R$ 10 milhões anuais, recursos que impulsionavam a economia local e estadual. . Entre agora no grupo da Folha de Ji-Paraná no WhatsApp.

“Foi tudo destruído. Nossas casas, currais, plantações.. Trabalhamos uma vida inteira e agora ficamos sem nada”, lamentou um dos produtores atingidos.

Produtores afirmam ter títulos concedidos pelo Incra

Os agricultores afirmam que vivem na área há mais de quatro décadas e que possuem títulos de propriedade concedidos pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), o que, segundo eles, lhes garantia segurança jurídica.

“Já faz mais de 40 anos que estou aqui. Tenho título da minha propriedade cedido pelo Incra. Mas o documento que era para me proteger não garantiu meus anos de trabalho”, contou um dos produtores que perdeu parte da fazenda durante a operação.

Os moradores relatam que, além das perdas materiais, não receberam qualquer indenização e que muitos ainda não têm para onde ir.

Desintrusão cumpre decisão do STF

De acordo com fontes ligadas às forças de segurança, a operação foi autorizada judicialmente pelo Supremo Tribunal Federal, em cumprimento a um processo de reintegração de posse de áreas consideradas território tradicional indígena.

Durante o cumprimento da decisão, casas foram queimadas, currais destruídos e plantações inutilizadas, gerando forte comoção entre as famílias atingidas.

A Polícia Federal e o Ibama informaram que a operação foi conduzida “com base em decisão judicial transitada em julgado” e que o objetivo era garantir o cumprimento da lei e proteger o território indígena.

Famílias pedem apoio e indenização

Os produtores prometem buscar apoio jurídico e indenização pelos prejuízos sofridos. Segundo representantes da comunidade, há documentos, contratos e registros oficiais do Incra que comprovam a posse legal das terras.

“Queremos justiça. Não estamos pedindo favor, apenas o reconhecimento do nosso direito”, afirmou um agricultor, emocionado.

Moradores da região estão organizando reuniões e manifestações para reivindicar diálogo com o Governo Federal e uma solução pacífica e justa para as famílias atingidas.

Situação agrária em Rondônia segue tensa

O episódio em Alvorada do Oeste reforça o cenário de conflito fundiário crescente em várias regiões de Rondônia, onde produtores, posseiros e comunidades tradicionais disputam o mesmo território. Entidades do agronegócio e órgãos de direitos humanos cobram do governo transparência e políticas de regularização fundiária eficazes.

A Folha de Ji-Paraná segue acompanhando o caso com exclusividade, trazendo informações atualizadas sobre as ações judiciais, negociações e o destino das famílias afetadas. Quer receber alertas de novos casos e atualizações da investigação? Entre agora no grupo da Folha de Ji-Paraná no WhatsApp.

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